O cérebro infantil necessita de limites. Entenda o motivo!
A educação infantil é estudada há muitos anos e mesmo assim ainda existem mistérios sobre o comportamento das crianças que vem sendo descobertos e trabalhados. Uma dessas descobertas é referente aos campos do cérebro e as respostas que eles dão a estímulos de liberdade ou repressão, e seus efeitos nas ações das crianças. No caso da liberdade extrema, se vê um sentimento maior de abandono ou solidão, e a repressão, traz uma maior agressividade.
Impor limites, regras e condições, de maneira equilibrada é a solução para garantir que a criança não penderá para qualquer um dos lados. Porém, nem sempre os pai sabem como administrar essas doses de limites, causando uma confusão que pode afetar o desenvolvimento das crianças. Mas então como podem os pais e até outras figuras presentes na vida das crianças, como os educadores, por exemplo, auxiliar de maneira positiva para um desenvolvimento emocional adequado?
Segundo especialistas a inserção dessa prática de limites com liberdade, deve ser feita de forma gradual, agradável e leve, desde a educação infantil, pegando sempre os primeiros estágios de aprendizado, quando os pequenos irão entender os sentidos de muitas das coisas. Brincar tem tudo a ver com criança, então atividades nesse sentido, que estimulem experiências naturais da vida, são ótimas opções para começar.
Por exemplo, utilizar um jogo, onde o pequeno deverá respeitar a vez do próximo, seguir as regras pré-estabelecidas pelo jogo, vivenciar derrotas e vitórias, esperar a sua própria vez de jogar, entre tantas outras noções, pode ser extremamente positivo.
Claro que é inegável a necessidade de atenção das crianças, ser amada e cuidada, mas também é importante que eles entendam as diferentes situações, incluindo quando falar e quando esperar o seu momento também, percebendo as necessidades dos pais, por exemplo, criando um avanço no processo de amadurecimento.
No caso das escolas o apoio o apoio na educação infantil pode ser fornecido tanto para as crianças quanto para os pais, impactando diretamente no desenvolvimento dos pequenos. Em escolas como o Colégio Piaget (Av. Marginal Direita Anchieta, Km 17,5 – Rudge Ramos), em São Bernardo, é possível encontrar o Serviço de Orientação Educacional, ou SOE, como é chamado, que atua através de conversas frequentes e que buscam trabalhar o lado socioemocional das experiências em aula.
O SOE também organiza palestras na escola, com profissionais especialistas, a respeito de temas relevantes sobre como educar, como atuar adequadamente para beneficiar o aprendizado cognitivo, social e emocional da criança. Mesmo com o isolamento social, as palestras para os pais continuaram de modo on-line. Inclusive, sobre as aulas virtuais, foi feito justamente um acompanhamento junto dos responsáveis e das crianças para que todos estivessem entendendo como elas funcionam.
A direção da escola, os coordenadores e os professores também assessoraram as famílias, para que seguissem padrões, normas, rotinas. Na verdade, a escola passou para os pais e as crianças noções de limite e disciplina: seguir os horários indicados das aulas (mesmo que estas ficassem gravadas e pudessem ser vistas depois); divisão estabelecida do tempo – hora de brincar, hora de estudar, hora de ajudar em casa (mesmo que fosse uma tarefa mínima, como arrumar o material de estudo ou os próprios brinquedos); hora de dormir e hora de acordar.
O que permitiu a melhor convivência e rendimento das crianças, mesmo em casa e durante a pandemia, gerando maior confiança entre os pequenos e os pais, e entre a escola e as famílias.
