O mês de setembro é pautado por uma série de tópicos importantes para a nossa sociedade, um dos mais falados é o chamado Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio e valorização a vida. A temática do suicídio, por ser um tanto pesada, acaba por afastar as pessoas, mas o tema necessita ser discutido e comentado, portanto, contribuindo com as ideias principais da causa, assim o faremos.
A psicóloga Carol Palucci Oliveira, que atua junto a Clinica Ápice (R. Maranhão, 1258 – Santa Paula, São Caetano), nossa parceira, trouxe alguns pontos muito importantes a serem abordados sobre a saúde mental na infância e adolescência, principalmente quando pensamos na depressão como uma doença que pode atingir pessoas de qualquer idade, sexo ou status social.
Palucci aponta que a ideação suicida é comum na idade escolar e na adolescência. As tentativas, porém, são raras em crianças pequenas. Tentativas de suicídio consumado aumentam com a idade, tornando-se comuns durante a adolescência. Crianças suicidam com fatores desencadeantes: discussão com os pais, problemas escolares, perda de entes queridos e mudanças significativas na família.
Até entre os 6 e 7 anos, a criança encontra-se na fase do pensamento pré-lógico, com predomínio do pensamento mágico, com dificuldade de simbolizar e conceituar o que lhe chega sob forma de percepção. Nesta fase, a ideia de morte é limitada e não envolve uma emoção em especial. É entre 11 e 12 anos, que surge a preocupação com a vida após a morte.
O jovem passa por profundas alterações no seu corpo, deixando para trás a infância e é lançado num mundo desconhecido de novas relações com os pais, com o grupo de iguais e com o mundo. Assim, acaba invadido por forte angústia, confusão, um sentimento de que ninguém o entende, de que está sozinho e incapaz de decidir corretamente seu futuro.
Isso ocorre, principalmente, se o jovem estiver num grupo familiar também em crise, por separação dos pais, violência doméstica, alcoolismo ou doença mental de um dos pais, doença física ou morte. O jovem que considera o suicídio como a solução para seus problemas deve ser observado de perto, principalmente se estiver se sentindo só e desesperado, sofrendo a pressão de fatores ambientais, insinuando que é um fardo para os demais. Pode chegar a dizer que a sua morte seria um alívio para todos.
Veja 5 formas de ajudar e auxiliar no processo de tratamento da depressão?
1- Não fale sobre o corpo dos outros
Transtornos de imagem são muito sérios e devem sempre ser considerados na hora de se fazer comentários, mesmo que se pense estar ajudando pode acabar não surtindo efeito positivo.
2- Depressão não é falta de Deus
A depressão é uma doença e como tal deve é entendida e estudada por especialista para auxiliar aqueles acometidos pela mesma. Não ajudar em nada o tratamento quando o paciente passar a ser exposta a um julgamento, mesmo que esse seja baseado em sua própria religião.
3- Ajude desenvolvendo melhor sua relação com o paciente
A partir do momento que se sabe da condição da pessoa, ou mesmo que se suspeite, mantenha contato, convide para almoçar ou jantar, crie momentos agradáveis, abrace e forneça pontos seguros nessa relação.
4- Não julgue tanto
Assim como na motivação religiosa, outros tipos de julgamentos precipitados podem colocar vidas em risco, sendo ideal que se entenda mais da condição e vida de cada um. Principalmente quando se trata de pessoas com diferentes transtornos mentais, onde as crises podem ser frequentes e a visão de realidade é alterada.
5- Esteja em contato com um especialista
Os psicólogos e psiquiatras, entre tantos outros profissionais é que são as grandes ferramentas para auxiliar nesse processo, pois conhecem melhor os mecanismos utilizados pelos depressivos e conseguem ajuda-los as superar suas próprias restrições.
No Espaço Clínico Ápice uma equipe multifuncional atua de forma integrada para fazer com que cada paciente tenha os melhores resultados, tendo também um cuidado e carinho ainda mais especial com crianças e adolescentes, utilizando toda sua experiência para amparar não só os pequenos, mas também as famílias.