Após um longo período de confinamento, vivemos um surto psicótico atípico na cidade de Lisboa. Este surto manifesta-se essencialmente em cidadãos que circulam em grupos, geralmente de indivíduos ligados às artes, consistindo numa espécie de esquizofrenia paranoide coletiva onde a alucinação e a perda da noção da realidade são os sintomas imediatamente observáveis.
Não será, por isso, de estranhar, que se deparem repentinamente com pacientes que, por exemplo, com um brinquedo na mão, julguem estar na posse de um Stradivarius ou de outro qualquer instrumento musical de qualidade. Quando se juntam com os seus brinquedos, estes indivíduos chegam a acreditar que estão numa orquestra.
Uns acreditam serem grandes músicos ou maestros renomados. Outros acreditam serem personagens de ópera, como a Carmen de Bizet, o Nemorino do Elixir do Amor de Donizetti, o Duque de Mântua do Rigoletto de Verdi, ou a Rainha da Noite da Flauta Mágica de Mozart.
Esta é a sátira ao mundo formal da orquestra, criada pela Orquestra dos Brinquedos de Lisboa, que nos fará viajar por momento importantes da música clássica como Renascimento, século XX, além de trazer grandes composições da música orquestral moderna. As obras são executadas com instrumentos, no mínimo, peculiares e traz muita diversão e imersão de forma lúdica para que os pequenos fiquem entretidos do início ao fim da sessão.
A única oportunidade de assistir à companhia portuguesa acontece no Teatro Liberdade, dia 17/9 (domingo), às 15h. Os ingressos já estão disponíveis pelo site da Sympla (clique aqui para garantir seu ingresso) e bilheteria da própria casa e custam a partir de R$55.
Programa
- ORFEU / Abertura (1607) – Cláudio Monteverdi (1567-1643)
- CANONE em Ré M (1680) – Johann Pachelbel (1653-1706)
- RINALDO / Lascia Ch’io Pianga (1711) – Georg Friedrich Händel (1685-1759)
- ÁRIA em Ré M (1717) – Johann Sebastian Bach (1685-1750)
- CONCERTO PARA CLARINETE / extratos (1791) – Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
- A FLAUTA MÁGICA / Ária da Rainha da Noite (1791) – Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
- 5ª SINFONIA / extrato (1804-1808) – Ludwig Van Beethoven (1770-1827)
- L’ELISIR D’AMORE / Una Furtiva Lacrima (1832) – Gaetano Donizetti (1797-1848)
- CARMEN / Habanera (1874) – Georges Bizet (1838-1875)
- RIGOLETTO / La Donna è Mobile (1851) – Giuseppe Verdi (1813-1901)
- CONCERTO PARA PIANO n. º 1 / extrato (1875) – Pyotr Ilyich Tschaïkowsky (1840-1893)
- SINFONIA DO NOVO MUNDO / extrato (1893) – Antonín Dvořák (1841-1904)
- ALSO SPRACH ZARATHUSTRA / Abertura / extrato – Richard Strauss (1864-1949)
Quer saber mais na palma da sua mão?