Crianças em casa: Veja como as escolas estão superando as aulas on-line
Desde o início da pandemia as escolas tiveram de parar suas atividades presenciais, o que levou a uma série de mudanças na rotina das crianças, dos pais, e também de todos os educadores e funcionários das escolas, tanto públicas quanto particulares, incluindo também todos os cursos extracurriculares como idiomas, esportes e lazer.
Sem preparação alguma, em apenas uma semana, tudo mudou, obrigando as instituições de ensino a reformularem toda a sua programação, e totalmente o seu método de trabalho. As salas foram deixadas para dar espaço aos computadores, com lives, encontros e reuniões feitas somente via internet, reduzindo as interações e criando diversas dificuldades.
Apesar da fase amarela de reabertura, implantada no estado de São Paulo, existe demora e resistência no retorno das escolas. Enquanto isso, as batalhas são outras. Nem todos os alunos conseguem acessar os materiais disponibilizados pelos colégios, deixando uma lacuna enorme de aprendizado, e ainda se fala pouco sobre tal rendimento e como recuperá-lo. Para os pais, a reabertura criou uma nova dificuldade, como conciliar trabalho e o cuidado com as crianças ao mesmo tempo.
Para os educadores o novo normal tem sido complexo e cheio de mudanças diárias. São novas ferramentas a serem aprendidas, e que devem ser ensinadas para as crianças. Além de não se ter o contato real com os pequenos, deixando um espaço entre o que se fala em aula e como eles respondem a isso, algo a mais com o que se preocupar. Prender o interesse e atenção das crianças na frente das telas, sem os recursos necessários, visto que muitos professores estão em casa também, é uma das maiores questões, pois em casa as distrações são absurdamente maiores do que em sala de aula.
Uma lacuna também se forma na comunicação entre família e escola para com as crianças, tendo cada grupo familiar suas próprias regras de higienização e cuidados, sendo complicado para quem ensina entrar nesse assunto para conscientizar as crianças e ajudá-las a entender o que ocorre neste momento. Um abalo forte na relação pais e escola pode comprometer ainda mais a qualidade do ensino que já sofreu perdas.
No Abc paulista, escolas vem se esforçando para criar métodos de atender as crianças da melhor maneira, reduzindo os impactos da pandemia. A Escola Aprendiz (R. Carlos Magno, 56/68 – Vila Gilda, Santo André), por exemplo, tem se preocupado em levar o melhor suporte que podem às famílias, garantindo principalmente que os pequenos acompanhem as aulas e consigam manter a sua aprendizagem em andamento, garantindo excelência no ensino.
Na Aprendiz todos estão preparados para um retorno às aulas presenciais, com uma estrutura ampla, de espaços arejados e número reduzidos de alunos e funcionários, todos paramentados com proteção. A escola também já iniciou mudanças nos banheiros para colocar torneiras automáticas, dispensers de pedal em todos os ambientes e reestruturação de horários. Porém, como ainda não seria possível, os esforços estão voltados ao on-line, garantindo o contato com as famílias, sendo criado uma comissão de pais, para que haja total interação de pais nas decisões do colégio.
Para manter as aulas em andamento e com qualidade, para a escola aprendiz é imprescindível a qualificação, mesmo que rápida ou emergencial, nesse caso, dos educadores, pois eles precisam estar atualizados para auxiliarem os pequenos. Assim também, buscam novas forma de interagir com as crianças estando em casa, para garantir sua atenção e efetividade do ensino.