Abuso Infantil: Psicóloga ensina como detectar sinais em crianças

Cada vez mais nos deparamos com relatos e casos de abuso infantil. Apesar do assunto estar, infelizmente, reaparecendo na mídia com o caso Henry e tantos outros, muitas pessoas que convivem com os pequenos, não conhecem os sinais principais que são notados em crianças que sofrem com este tipo de agressão, seja ela física, sexual ou psicológica.
A psicóloga Angeline Uenoyama, proprietária da Clínica Ápice (R. Maranhão, 1258 – Santa Paula, São Caetano) aponta alguns sinais principais para se detectar que uma criança está sofrendo algum tipo de abuso. Um dos pontos principais a serem lembrados em relação a esse tipo de caso, é de que o abusador pode ser qualquer pessoa e que não se deve ter alguém acima de qualquer suspeita, independente de serem homens ou mulheres.
Dentre os fatores apresentados estão as mudanças de comportamento repentinas, como uma criança super extrovertida iniciar um processo de introversão rápido. Algumas mudanças podem ocorrer, principalmente, na presença do abusador. Muitas vezes crianças calmas podem demostrar raiva, agressividade, e o mais importante é reparar nos motivos dessas mudanças, normalmente não haverá motivos aparentes.
Reparar na aproximação de adultos em relação ao pequeno. Criar situações para ficar sozinho com a criança, contatos incomuns. Lembrando que na maioria dos casos os abusadores são pessoas bem próximas das crianças, o que requer muito mais atenção e cuidado. Importante também são os sinais de regressão, simbolizando uma idade menor, como uso de fralda, chupeta e birra, comportamentos que já não faziam mais parte da rotina.
Em relação ao abuso sexual, a interação pode gerar um avanço na criança em relação a essas questões, logo é importante reparar nas perguntas que são feitas, e como os assuntos surgem. Também há uma necessidade de manter sempre a conversa aberta, deixe que a criança fale sobre, sem ser interrompida. A representação do sexo pode aparecer também de diferentes formas, como em desenhos e ilustrações criadas pelo pequeno, note posições, objetos e informações adicionais que podem ser retiradas deles.
Em relação a marcas físicas, é importante não considerar apenas elas como provas concretas, pois muitas vezes não se deixa marcas. Porém em casos como abuso físico, agressões, se pode notar hematomas e contusões, ou dores em regiões fora de vista. A tristeza, o isolamento e a autoflagelação, com a criança se arranhando, se batendo ou até se beliscando, demonstrando a agressividade que está internalizada.
O abusador pode utilizar de técnicas de sedução para se aproximar das crianças e também de chantagens ou ameaças. Para auxiliar as crianças e consequentemente os pais, é ideal que o pequeno receba o apoio psicológico, para evitar problemas futuros, superando os traumas e recuperando o controle de sua vida.
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